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Três mortos em incêndio em supermercado durante protestos no Chile

Um incêndio num supermercado no sul de Santiago do Chile na noite de sábado, durante os protestos contra o aumento do preço do bilhete de metro, provocou a morte a três pessoas, anunciaram hoje as autoridades.

“A polícia e os bombeiros encontraram dois corpos queimados e outra pessoa em péssimo estado, tendo sido transferidos para um hospital e infelizmente morreram”, disse a prefeita da Região Metropolitana de Santiago do Chile, Karla Rubilar.

As autoridades acrescentaram que os corpos foram encontrados quando o fogo foi extinto no supermercado da comuna de San Bernardo, causado durante a noite deste sábado no meio dos tumultos, incêndios e saques que ocorreram em Santiago do Chile e outras cidades do país.

Karla Rubilar esclareceu que não há “informações claras sobre em que circunstâncias” os eventos ocorreram, nem se os mortos faziam parte da multidão que assaltou o estabelecimento ou se eram trabalhadores do supermercado.

“Precisamos de mais informações, entendemos que o Ministério Público tem que comandar essa investigação, mas infelizmente temos que informar as pessoas de que temos três mortos”, disse Rubilar.

Santiago do Chile está em estado de emergência desde a manhã de sábado e sob toque de recolher obrigatório até as 07:00 (11:00 em Lisboa) devido aos fortes distúrbios resultantes de protestos contra o aumento do preço do bilhete de metro na capital do país.

Embora o Presidente do Chile, Sebastián Piñera, já tenha anunciado a suspensão do aumento dos preços do metro de Santiago do Chile, tanto na capital do país, em Valparaíso, Concepción e outras cidades do Chile, como Iquique (norte), houve destruição urbana e confrontos entre polícia e manifestantes.

O chefe da Defesa anunciou que vai enviar hoje mais 1.500 soldados nas primeiras para controlar a situação. Com este aumento, um total de 9.441 membros das Forças Armadas estão destacados na Região Metropolitana.

O aumento do preço do metro foi o gatilho do protesto dos cidadãos para expressarem insatisfação com a fome no Chile e as desigualdades do país.

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