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Polícias na escadaria do Parlamento: IGAI ainda procede a “diligências necessárias”

manif 14novmanifestacao policiasA invasão da escadaria do Parlamento, durante a ‘manifestação dos polícias’, ainda está a ser investigada pela Inspeção-Geral da Administração Interna. Em curso estão dois processos disciplinares e um processo de inquérito, revela a inspetora-geral Margarida Blasco.

O relatório da Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) sobre a invasão da escadaria do Parlamento, durante a manifestação das forças de segurança de 21 de novembro de 2013, continua por concluir.

O facto foi hoje confirmado por Margarida Blasco, a inspetora-geral da Administração Interna, durante a audição na comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias.

Dessa invasão das escadas, naquela que ficou conhecida como ‘a manifestação dos polícias’, só resultou uma consequência: a demissão do diretor nacional da PSP, o superintendente Paulo Valente Gomes, posteriormente ‘promovido’ a oficial de ligação na embaixada em França, com um ordenado a triplicar o do anterior cargo na polícia.

Na audição parlamentar, Margarida Blasco salientou que o relatório não foi concluído porque o processo de averiguações deu origem a dois processos disciplinares e a um processo de inquérito.

“Há um inquérito que está a decorrer e há processos disciplinares a decorrer, e todos eles estão abrangidos pelo direito de sigilo”, salientou a magistrada, justificando não poder pronunciar-se sobre esses casos em particular.

As conclusões do inquérito de averiguações, aberto para apurar se “existe ou não alguma responsabilidade” sobre os incidentes na ‘manifestação dos polícias’, não foram explicitadas nem por Margarida Blasco, nem por Miguel Macedo. O ministro da Administração Interna já referiu, por várias ocasiões, que só se pronunciará quando todo o processo for concluído.

Aos deputados, a inspetora-geral respondeu apenas que a IGAI está no terreno a fazer “as diligências oportunas e necessárias” e que os envolvidos têm o direito apresentarem a defesa.

Pelo mesmo motivo, Margarida Blasco recusou-se a comprometer-se com uma data para a apresentação do relatório, prometendo que os processos não vão prescrever.

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