As fotos de Raj Shetye reabriram a polémica sobre as violações coletivas, na Índia. O artista justificou a campanha de moda com a necessidade de proteger as mulheres, mas várias personalidades consideram tratar-se de um apelo à violação coletiva.

A Índia voltou a ficar em choque com uma violação coletiva, neste caso imaginária. Isto porque o fotógrafo Raj Shetye conduziu uma produção que, para os críticos, é um incentivo ao abuso sobre as mulheres.

Em causa está um trabalho intitulado ‘The Wrong Turn’, que pode ser traduzido como ‘o caminho errado’. É nesse caminho que várias modelos, ao exibirem a roupa para a campanha de moda, são agarradas por vários homens, dentro de um autocarro.

Só que foi uma violação coletiva num autocarro, que terminou com a morte da vítima (uma jovem de 23 anos), que a Índia despertou para o horror dos abusos sobre as mulheres. Daí que Raj Shetye esteja agora no meio da polémica.

A plataforma onde estava exposta a produção já removeu as imagens, mas o debate prossegue. O artista justificou-se, em entrevistas ao Times of India e ao The Independent, com a necessidade de criar imagens fortes para obrigar as pessoas a pensarem sobre o problema.

O argumento não foi bem aceite pelos críticos, que lamentam as semelhanças com o episódio que humilhou a Índia face à comunidade internacional.

A polémica fez relançar as visualizações de diversas campanhas de sensibilização, como ocorreu com este vídeo: