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Polémica da carne picada: “Pode ser consumida”, garante o Governo

carne picada O Governo, através do secretário de Estado da Alimentação, veio terminar com a ‘guerra’: “A carne picada pode e deve ser consumida no momento em que ela é picada”. O comentário de Nuno Vieira e Brito surge após a troca de acusações entre a Deco e a ASAE por causa dos sulfitos.

Na sequência do ‘empate técnico’ entre a Deco e a ASAE, o Governo pronunciou-se, através do secretário de Estado da Alimentação e da Investigação Agroalimentar: os portugueses podem comer a carne de vaca picada.

“A carne picada pode e deve ser consumida no momento em que ela é picada”, assegurou Nuno Vieira e Brito, à saída da reunião da Comissão de Segurança Alimentar, realizada no Ministério da Agricultura.

Na reunião foram analisadas as acusações da Deco, que publicou um estudo no qual chumbou 26 talhos por ter detetado aditivos (sulfitos) na carne picada.

De acordo com o governante, “não está colocada em causa o problema de proibição da utilização de carne picada”.

As considerações de Nuno Vieira e Brito reforçam a posição já assumida pela Autoridade de Segurança Alimentar e Económica. “É seguro comer carne picada. Não temos nenhum dado que aponte para alguma consideração menos recomendada deste consumo”, tinha afirmado o inspetor-geral da ASAE, Pedro Portugal Gaspar.

Da reunião, saiu a opinião unânime de que tem sido feito um esforço profundo da melhoria da segurança alimentar em Portugal e que não está em causa minimamente qualquer área de intervenção de segurança alimentar para o consumidor, conforme afirmou Nuno Lima Dias.

Da reunião saiu a conclusão de “intensificar a formação e a informação e a divulgação para o retalho e os diferentes operadores nesta área”, assim como a “avaliação e o reajustamento de alguns planos de controlo em áreas específicas onde exista maior probabilidade de gestão e risco”.

“Vamos continuar a acompanhar todos os aspetos higio-sanitários dos talhos e do retalho e a utilização ou não de substâncias não permitidas do ponto de vista legal”, assegurou o secretário de Estado da Alimentação.

Leonardo Matias, secretário de Estado da Economia, argumentou que os estudos como o da Deco deviam ser primeiro analisados pela Comissão de Segurança Alimentar, evitando “uma comunicação de forma alguma alarmista”.

“O universo das instituições que vendem carne é de 6393. O estudo da Deco visitou 26, ou seja, 0,04 por cento do total dos estabelecimentos em Portugal”, argumentou este governante, contrapondo com os 676 estabelecimentos inspecionados pela ASAE no ano passado.

Para a associação de defesa dos consumidores, “não se deve comprar carne de vaca vendida a granel e previamente picada”. Em caso de necessidade, “o consumidor deve escolher a peça e mandar picar na loja”.

Reveja o que diz a Deco sobre a carne de vaca picada:

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