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Poiares Maduro: “Um dos grandes problemas em Portugal é que tudo é contestado”

miguel poi maduroPortugal tem “um problema de cultura política e cívica”, desabafou ontem o ministro Adjunto. Poiares Maduro defende que é importante “discutir mais políticas públicas e menos tática política” e salienta que “um dos grandes problemas em Portugal é que tudo é contestado”.

Em Portugal, “tudo é contestado”, afiançou ontem o ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional, Miguel Poiares Maduro, pedido mais discussão política “e menos tática”. No encerramento do ciclo de “Portugal – o presente tem futuro?”, em Lisboa, o governante lamentou que haja sempre maneira de contestar, sublinhando que “contra factos há sempre argumentos”.

“Penso que é claro hoje para todos que não interiorizámos as consequências das escolhas que realizámos e conseguimos concretizar: aderir ao euro e estar na primeira linha da construção europeia”, argumentou Poiares Maduro, reforçando que os portugueses aceitaram “mudar de regime monetário e em partilhar a moeda com os parceiros mais competitivos da Europa, mas não concordaram sobre as mudanças internas nas regras de jogo a que isso obrigava”.

“Não conseguimos colocar-nos de acordo quanto aos processos credíveis de apuramento dos factos que devem servir de base às nossas decisões públicas”, insistiu o ministro Adjunto, considerando que a crise que Portugal vive apenas demonstrou a existência de “um problema de cultura política e cívica”.

Um “problema” que exige reformas, como as que o executivo defende, mas que são sempre contestadas, defendeu. Para o ministro, o que importa é “discutir mais políticas públicas e menos tática política”, um avise que vale para todos, “incluindo o Governo”. O fundamental é que o debate público seja “mais informado e com maior substância”, concluiu Poiares Maduro.

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