Em conferência de Imprensa, Eduardo Welsh, do PND, considerou que o ‘banho’ de cerveja sobre Alberto João Jardim no Porto da Cruz, durante a Festa da Uva, é um “efeito de medo e ódio” que os cidadãos sentem, por culpa do discurso de Jardim, comparado às “palavras dos nazis”.
No passado fim-de-semana, durante a Festa da Uva, em Porto da Cruz, um homem embriagado ‘brindou’ Alberto João Jardim com um copo de cerveja, arremessado em direção ao presidente do Governo Regional da Madeira.
Segundo Eduardo Welsh, este incidente é “natural” e resulta do “discurso de medo e de ódio” que Jardim, segundo aquele dirigente do PND, adotou, nos últimos 30 anos de exercício de poder. Assim, Welsh aconselha Jardim a “ter cuidado” com as palavras que escolhe, quando se dirige à população.
Nesta conferência de imprensa, que decorreu na manhã desta terça-feira junto à Assembleia Legislativa da Madeira, Eduardo Welsh salientou que
“Alberto João Jardim levou aquele banho de cerveja porque faz um discurso de ódio, há mais de 30 anos. Jardim não fala de política, mas de inimigos, de traidores e de sabotadores da Madeira, de estrangeiros, ‘personas non gratas’, que querem explorar o povo”, sublinhou o dirigente do PND, citado pelo Diário de Notícias do Funchal.
Welsh considera também que este tipo de discurso não se coaduna com um regime democrático e “tem muitas semelhanças com os discursos dos nazis”.
“Trata-se de um tipo de discurso de regimes totalitários, que serve para incentivar o medo, a violência e o ódio, para intrujar as pessoas, insinuando teorias da conspiração que nunca existiram”, sublinhou.
Para Eduardo Welsh, os cidadãos da Madeira “já perceberam” as técnicas de Alberto João Jardim, que “deve ter cuidado”, uma vez que “essas palavras usadas tantas vezes podem virar-se contra o próprio Jardim”.
Entretanto, o homem que atirou um copo de cerveja a Alberto João Jardim foi ouvido pelas autoridades judiciais, hoje.
