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PJ trava rede de burla ao SNS que envolve falsas prescrições médicas

policia_judiciariaDez pessoas foram detidas  pela Polícia Judiciária (PJ), por suspeita de burla ao Serviço Nacional de Saúde (SNS), no âmbito da ‘Operação Remédio Santo’. Dois médicos, cinco delegados de informação médica, dois armazenistas e um membro que tinha a seu cargo a operacionalidade do grupo terão desviado pelo menos 10 milhões de euros, sendo que as autoridades suspeitam que essa verba pode atingir os 50 mil euros.

A Unidade Nacional de Combate à Corrupção da PJ procedeu à detenção de 10 pessoas, no âmbito da operação no seio da atividade médica e farmacêutica, dentro do SNS. Esta investigação já permitiu apurar um desvio de 10 milhões de euros, sendo que a burla ao Estado pode atingir um valor cinco vezes superior.

Entre os detidos estão dois médicos do Porto, cinco delegados de informação médica e mais dois armazenistas, bem como um elemento que estabelecia uma ligação entre todos os elementos desta rede.

A burla ao SNS, de acordo com a PJ, consistia na emissão de receitas por parte dos médicos, de medicamentos comparticipados, sendo que as vendas dos fármacos era simulada nas farmácias. Os medicamentos eram posteriormente subtraídos dos stocks, sendo que o Estado, através do SNS, pagava as respetivas comparticipações.

A PJ já apurou que o Estado pagou 10 milhões de euros de comparticipações indevidas, sendo burlado num valor que pode atingir os 50 milhões. As investigações ainda estão a apurar a extensão da fraude.

Os medicamentos receitados tinham custo elevado, sendo que alguns permitiam uma comparticipação de cerca de 300 euros por cada caixa receitada. De acordo com um comunicado da PJ, estão em causa crimes que se relacionam com corrupção, burla qualificada e falsificação de documentos, por parte desta rede.

O caso foi parar ao Departamento Central de Investigação e Acção Penal, que irá levar a cabo diversas diligências, para apurar mais detalhes sobre o caso. A PJ procedeu à detenção dos suspeitos e apreendeu diversos bens, como veículos de alta cilindrada, comprados com os lucros resultantes desta mega fraude.

Os suspeitos serão ouvidos amanhã, por um juiz de instrução criminal, que determinará eventuais medidas de coação. A ‘Operação Remédio Santo’, da PJ, chega ao fim.

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