Economia

Pimenta nega que rendas da energia eólica sejam excessivas

Carlos Pimenta elogiou a “Autoeuropa do vento” para contrariar a ideia de que as rendas da energia eólica são excessivas em Portugal, destacando a criação de emprego e os ganhos ambientais.

Em audição no Parlamento, o ex-secretário de Estado do Ambiente salientou que os concursos (dos quais derivaram as rendas) foram “legais e transparentes”.

O político acrescentou ainda que as tarifas estão “alinhadas” com as praticadas nos outros países da União Europeia.

“Gerou-se uma Autoeuropa do vento em Portugal”, defendeu.

“Aquilo que foi feito no setor industrial de criação de emprego com as eólicas, eu não tenho memória de ter sido feito com concursos públicos em nenhum setor da economia portuguesa”.

Carlos Pimenta lembrou ainda os “mais de 4000 postos de trabalho” criados pelo setor da energia eólica e os ganhos ambientais, nomeadamente a redução da importação de combustíveis fósseis e de emissões de dióxido de carbono.

“O carvão, o gás e o petróleo que importamos custam muitos milhares de milhões de euros por ano. É importar combustível para queimar e para queimar mal”, insistiu.

“Por cada três quilos de carvão que entram na central sai um quilo equivalente de eletricidade. Os outros dois quilos ficam em gases nas chaminés, poeira e cinzas nos depósitos e água quente para os surfistas, que são os únicos que ganham com isso”.

O antigo eurodeputado aproveitou ainda para alertar os deputados de que a energia nuclear não é uma solução viável, citando alguns incidentes no estrangeiro em anos recentes.

“Não é uma opção para Portugal, tem sido uma desgraça”, frisou.

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