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Piloto suicida da LAM provocou queda do avião, sugere relatório do acidente

aviao lam 1aviao lam 600Relatório preliminar sobre queda do avião das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), relativo ao voo TM470, que fazia a ligação entre Maputo e Luanda, dá conta de um ato suicida do piloto. Hermínio dos Santos Fernandes ter-se-á fechado no cockpit e deu início a uma viagem para a morte, levando consigo outras 32 pessoas, entre passageiros e tripulação. Havia portugueses a bordo.

De acordo com o relatório, as autoridades moçambicanas não têm dúvidas da razão da queda do aparelho da LAM, que esteve desaparecido durante alguns dias, no voo de ligação entre Maputo e Luanda, a 29 de novembro.

O avião da LAM caiu na Namíbia, sendo que, apesar de suscitar alguns enigmas, ganhou muita força a teoria de suicídio por parte do piloto comandante do aparelho, afastando-se a tese de avaria mecânica.

Hermínio dos Santos Fernandes ter-se-á fechado no cockpit, após a saída do copiloto, e deu início a uma viagem em direção ao solo, levando consigo outras 32 pessoas, entre passageiros e tripulação.

Os investigadores não encontram outra forma de os sistemas de controlo de altitude, de potência e velocidade terem sido alterados: foram-no propositadamente e apenas Hermínio dos Santos Fernandes o poderia fazer, de forma manual. E as autoridades moçambicanas acreditam que o comandante programou o voo para a tragédia.

Os registos áudio que foram recuperados do avião permitem ouvir os diversos sons de alarme. São audíveis também diversas tentativas do que se julga ser o copiloto a bater à porta do cockpit, numa desesperada tentativa de entrar no local onde o comandante do voo da LAM programava a morte.

A falta de resposta de Hermínio dos Santos Fernandes reforça a teoria de suicídio.

Segundo adianta o Correio da Manhã, o piloto atravessava uma depressão, em resultado da morte do filho – também se suicidara, um ano antes do acidente. O piloto, comandante do avião, atravessaria um processo de divórcio, pelo que terá agravado esse estado depressivo.

No total, além do comandante daquele fatídico voo das Linhas Aéreas Moçambicanas, morreram as 33 pessoas que seguiam a bordo do avião: 27 passageiros e seis tripulantes.

Ainda só foram identificados sete corpos, num processo que só deve terminar no próximo ano. Surgem dúvidas sobre a possibilidade de a LAM ter de suportar indemnizações às famílias das vítimas, caso se comprove este ato do comandante.

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