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“Perdemos o pé no mundo globalizado”, admite o governador do Banco de Portugal, Carlos Costa

carlos costaPortugal tem de entrar em “consenso” sobre o “modelo de desenvolvimento”, primeiro, e depois “encontrar um novo modelo social”, defende Carlos Costa, governador do Banco de Portugal, resumindo a origem da recessão: “perdemos o pé no mundo globalizado”.

O país afundou-se, na metáfora do governador do Banco de Portugal (BdP), Carlos Costa, e só conseguirá voltar à tona quando entrar em “consenso”, primeiro sobre o “modelo de desenvolvimento” e, de seguida, sobre o “novo modelo social”. Durante o XXII Encontro entre Bancos Centrais dos Países de Língua Portuguesa, Carlos Costa reforçou que a urgência, agora, está no ataque aos “problemas de fundo”: a competitividade, a produtividade, a capacidade de criação de postos de trabalho e, a jusante, o crescimento económico.

“Temos um problema de desemprego, de insustentabilidade das finanças públicas e do défice externo, não porque tenha havido crise, que foi apenas potenciadora da situação, mas porque perdemos o pé no mundo globalizado que ditou os limites da sustentabilidade do modelo”, explicou o governador do BdP.

Contra os “problemas de fundo”, Portugal tem “encontrar um novo modelo social em torno do modelo de desenvolvimento e depois de ajustar” as contas do Estado, argumentou Carlos Costa, aditando que “não há margem” para adiar esta “reflexão”. Uma mensagem semelhante à do ministro das Finanças, Vítor Gaspar, que apelou à “mobilização” de toda a sociedade, após o sexto exame da troika.

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