Economia

“Embora os riscos sejam significativos”, o ajustamento em Portugal é “adequado”, diz Olli Rehn

olli rehnPortugal tem de “manter a perserverança e um forte empenhamento” na “segunda metade do programa” de ajustamento, o qual é “adequado” apesar do “aumento dos ventos contrários”, comenta Olli Rehn, comissário europeu para os assuntos económicos.

A aprovação de Portugal na sexta avaliação da troika foi hoje enaltecida pelo comissário europeu para os assuntos económicos, Olli Rehn. No mesmo comunicado, enviado à agência Reuters, vem a garantia de que a Comissão Europeia irá continuar a “apoiar” as “reformas em curso”, as quais “estão a preparar terreno para o crescimento sustentável e para a criação de emprego”, mas sem especificar como será esse apoio.

O programa de ajustamento está no bom caminho, bem como as reformas estruturais. “A confiança nas perspetivas de Portugal continua a crescer, tanto entre os parceiros institucionais como entre os participantes do mercado”, elogia Olli Rehn, o que “augura um pleno regresso de Portugal ao financiamento do mercado” quando terminar o programa de assistência económica e financeira.

Contudo, “o aumento do desemprego, a redução dos rendimentos e a incerteza” na sociedade portuguesa, situação das quais a Comissão Europeia está “perfeitamente consciente”, estão “a afetar desfavoravelmente a confiança” nos parceiros internacionais, um problema agravado pela recessão em toda a Zona Euro.

“Embora os riscos para o crescimento sejam significativos, o quadro macroeconómico do programa continua a ser adequado”, defendeu o comissário europeu, instando o Governo português a “manter a perseverança e um forte empenhamento no momento em que se inicia a segunda metade do programa”, apesar do “aumento dos ventos contrários”.

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