Os dez anos de serviço em Bruxelas garantiram a Durão Barroso uma pensão vitalícia anual de 132 mil euros, avança o Daily Mail. O ainda presidente da Comissão Europeia, que “não está mal de convites” para novas funções, tem também direito a um subsídio de reintegração.

O futuro pensionista Durão Barroso vai receber quase metade do salário de que aufere como presidente da Comissão Europeia (CE). Segundo o Daily Mail, o político que ganhava cerca de 306 mil euros por ano tem direito a uma pensão vitalícia anual de 132 mil euros.

Contas feitas, Durão Barroso vai receber cerca de 11 mil euros por mês como pensão pelos dez anos de serviço em Bruxelas.

Ainda presidente da CE (o mandato termina a 1 de novembro), Durão Barroso tem ainda assegurado um subsídio de reintegração. A diferença para a pensão é que a tem a duração máxima de três anos.

Esse subsídio é calculado em função de várias variantes, incluindo o próximo cargo profissional, e varia entre os 40 e os 65 por cento do salário anual, neste caso os já referidos 306 mil euros.

Ainda segundo o Daily Mail, as projeções mostram que pelo menos 367 mil euros serão pagos a título de subsídio de reintegração.

O futuro ex-presidente da CE vai também receber um salário extra (25 mil euros) e despesas de deslocação.

Durão Barroso já revelou que “não está mal de convites” a título profissional e acrescentou que pretende exercer actividades em “seminários, conferências e universidades”.

“De fora e seguramente está a hipótese de um regresso à vida política ativa”, prometeu o ex-primeiro-ministro português, para quem o futuro “a Deus pertence”.

“Provavelmente, vou continuar a intervir na vida pública e seguir as questões europeias e internacionais”, complementou, numa entrevista recente.

Dando relevo aos números apresentados pelo Daily Mail, o Correio da Manhã tentou obter um esclarecimento de Durão Barroso, o qual não se pronunciou sobre o assunto.