Paulo de Carvalho é o artista que assinala a reabertura de um dos palcos mais míticos de Lisboa, agora apelidado de Teatro Tivoli BBVA. Os 50 anos de carreira do cantor vão ser evocados, esta noite, num equipamento que ainda precisa de mais três milhões de investimento.

A reabertura do Teatro Tivoli BBVA, depois de umas pequenas obras de reabilitação que custaram quase 300 mil euros, é abrilhantada esta noite (21h30) com um cantor muito especial: Paulo de Carvalho, que celebra meio século de carreira.

O Tivoli é um dos palcos mais emblemáticos de Lisboa, mas a intervenção recente foi muito limitada. O edifício, classificado, necessita de uma requalificação profunda, orçada em três milhões de euros. “Por ser uma entidade privada, a UAU não está abrangida pela lei do mecenato. Vamos pedir apoio às empresas, mas também aos cidadãos. Precisamos de três milhões e até agora gastámos cerca de 10 por centro ou nem isso. Ainda há muito por fazer”, explicou Paulo Dias, co-diretor da UAU, empresa responsável pelo Tivoli.

O apoio dos cidadãos pode ser dado através de “a minha cadeira”, uma iniciativa que permite a cativação de um lugar, com descontos em todos os espetáculos, por um período de cinco anos. Dependendo do lugar, “a minha cadeira” pode custar entre 200 a mil euros.

“Gostaríamos de ter o teatro todo recuperado daqui a dois anos, para celebrarmos em grande os 90 anos deste edifício que tanto representa para Lisboa”, confessou Paulo Dias.

As obras mais recentes implicaram a recuperação do palco, a retirada das alcatifas, para limpeza e manutenção do chão, a lavagem das cadeiras e a limpeza dos candeeiros. Toda a intervenção foi realizada por equipas de restauro da Fundação Ricardo do Espírito Santo Silva.