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Passos, um ano de Governo marcado pelo rigor, austeridade e desemprego

passos_coelho4Três expressões marcam o primeiro ano de mandato do Governo PSD-CDS, liderado por Passos Coelho: rigor, recessão e desemprego. O primeiro-ministro diz que, um ano depois, “Portugal saiu do abismo”, mas a economia portuguesa continua ‘ligada à máquina’, em recessão e com o fantasma do desemprego a assombrar políticas rigorosas.

Hoje, Passos Coelho assinala o ano um como primeiro-ministro, numa governação marcada pela aplicação das medidas inscritas no memorando de entendimento da troika, com Portugal obrigado a cumprir metas orçamentais. O primeiro-ministro seguiu à risca as ordens de um acordo que travou o crescimento.

E atados a esse memorando, os ministros do PSD e do CDS-PP, partidos de Governo, não afastaram o país de um cenário de recessão, onde a expressão “crescimento económico” se pronuncia apenas pela oposição, como forma de crítica ao executivo.

Passos Coelho considera que, um ano depois, o Governo foi capaz de “retirar Portugal do abismo”. E o pedido de ajuda à troika resulta desse cenário. Certo é que, durante este período de governação, há um dado abissal que persiste: o desemprego.

É o mais assustador fantasma do executivo de Passos Coelho, limitado pelas imposições da troika e por uma Europa dominada pela força da voz da Alemanha. A austeridade foi o caminho português neste primeiro ano, mas a próxima todo-poderosa Merkel já desenhou um plano para o crescimento, de combate ao desemprego jovem e com uma convergência de políticas.

Este segundo ano do Governo de Passos Coelho terá, necessariamente, de dar resposta ao enfraquecimento do mercado de trabalho, ainda que as previsões para 2013 apontem no sentido do agravamento da taxa de desemprego.

O primeiro ano de mandato de Passos termina com mais uma avaliação da troika, que dá nota positiva, mas alerta para este problema social. Encerra também na ressaca do caso-Relvas, que envolve o ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares numa polémica ‘sanada’ por Passos.

Um ano depois, a retoma económica é miragem e o primeiro-ministro não pode prometer mais do que tempos agrestes. Tal como o fizera em 2011, então como hoje dominado pela troika.

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