Economia

Passos vai prolongar vida do Aeroporto da Portela mais 10 anos

passos_coelho4O cenário económico do país, segundo o primeiro-ministro, torna obrigatório guardar o projeto do novo aeroporto “durante mais uma década”. Passos Coelho adiantou hoje, no Montijo, que a Portela deverá manter-se em funcionamento mais 10 anos, com uma infraestrutura de apoio, que “poderá ser a Base Aérea do Montijo”, segundo admitiu o chefe do Governo.

Sem querer comprometer-se com qualquer decisão relativamente ao projeto do novo aeroporto, o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho revelou hoje que, “dadas as circunstâncias no país”, o Governo tem de encontrar uma solução que permita prolongar o tempo de vida do Aeroporto da Portela.

Para “evitar especulação”, Passos Coelho acrescentou apenas que “o Governo está a equacionar todos os cenários” com um único objetivo: “Prolongar o tempo de vida do Aeroporto da Portela, para que o país não pague uma fatura avultada num novo aeroporto”. o primeiro-ministro quer evitar esse investimento “durante uma década”.

No entanto, sustentou o primeiro-ministro, o Governo “não vai anunciar nenhuma decisão relativamente a esta matéria” nos próximos tempos. Apesar de reconhecer que este aeroporto está no limite das suas capacidades, Passos Coelho defendeu uma solução que passe por encontrar uma infraestrutura de apoio.

“Queremos prolongar o funcionamento do aeroporto da Portela, o que exige uma pista de apoio e a Base Aérea do Montijo é, obviamente, uma das possibilidades em aberto”, referiu o chefe do executivo, depois de uma visita à Base Aérea n.º 6, no Montijo.

O primeiro-ministro adiantou ainda que decorrem estudos sobre qual a melhor solução para o aeroporto. Mas recusou-se a adiantar qualquer pormenor, para evitar o que sucedeu nas anteriores Legislaturas, em que se multiplicaram os debates sobre o tema, sem que daí decorressem quaisquer soluções.

“Não adianto rigorosamente mais nada sobre o Aeroporto da Portela, para evitar o país inteiro realize uma discussão sobre o investimento necessário para uma decisão que nem sequer está tomada”, justificou o primeiro-ministro.

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