Nas Notícias

Parkinson: “não existe rutura” do fármaco Sinemet, apenas “perturbações pontuais e localizadas”

medicamentosO regulador dos medicamentos pronunciou-se hoje sobre as dificuldades no acesso ao medicamento Sinemet. “Não existe ruptura” do fármaco, só “perturbações pontuais e localizadas”, garante o Infarmed, reconhecendo que o abastecimento “não corresponde à necessidade efetiva do mercado”.

As queixas de dificuldades no acesso ao Sinemet, um medicamento para a doença de Parkinson, têm subido de tom e levaram o regulador a avaliar a situação. Os resultados demonstraram que “não existe ruptura de stock do referido medicamento, nem foram apurados atos ilícitos que contribuíssem para as dificuldades relatadas”, segundo o Infarmed – Autoridade Nacional do Medicamento.

No comunicado, o regulador, que salientou a “importante colaboração de diferentes parceiros, entre eles a Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica, a Associação Nacional das Farmácias e as associações de doentes/profissionais de saúde da área da doença de Parkinson”, admitiu que “o abastecimento regular do mercado nacional está a ser efetuado com base em dados estatísticos que já não correspondem à necessidade efetiva do mercado”.

Não existe uma ruptura, mas um excesso de procura que cria “perturbações” em determinados locais e momentos, um “fato desconhecido” para o Infarmed e que apenas ficou revelado “através do cruzamento de toda a informação recolhida durante esta operação”, continua a nota: “tal discrepância pode justificar as perturbações, pontuais e localizadas, no circuito de distribuição, que têm sido reportadas (a causa para a diferença de valores será objeto de análise futura)”.

Isto significa que a MSD, a empresa que comercializa o Sinemet, está a cumprir com os valores de abastecimento inicialmente acordados, os quais estão longe de responder às necessidades reais. Agora, o Infarmed vai pressionar a MSD a reforçar o abastecimento, de forma a garantir que cessem as “perturbações” atuais no acesso ao fármaco.

No mesmo comunicado, o regulador adianta que “manterá uma vigilância ativa sobre todas as situações que impeçam o regular abastecimento de qualquer medicamento no mercado nacional e não negligenciará as suas responsabilidades, desenvolvendo ações semelhantes à agora concluída, de modo a garantir o regular funcionamento do circuito do medicamento”.

Em destaque

Subir