O ‘Costa Concordia’, o paquete que naufragou no início de 2012, está a dias de voltar a flutuar. A operação de bombear ar para o interior do navio teve início hoje. Quando deixar o fundo do mar, o ‘Costa Concordia’ será rebocado até ao porto de Génova para ser desmantelado.
A triste história do ‘Costa Concordia’ está mais perto de chegar ao fim. A complexa operação de bombeamento de ar para o interior do navio, naufragado junto à ilha de Giglio desde 13 de janeiro de 2012, foi hoje iniciada.
Através de 30 tanques, o ar será bombeado para forçar a água acumulada no interior do navio (de 290 metros de comprimento) a sair, permitindo ao ‘Costa Concordia’, de 114,5 toneladas, voltar a flutuar.
Neste momento, o paquete continua apoiado em plataformas artificiais, depois de uma complexa operação, em Setembro de 2013, para o colocar na vertical.
“A primeira parte da operação será a mais perigosa, porque o navio será separado das plataformas”, salientou Franco Gabrielli, da proteção civil italiana.
Nick Sloane, um especialista neste tipo de operações, resumiu à AFP as principais ameaças: “os riscos são de que o navio se incline à medida que vai sendo levantado ou que as correntes por baixo quebrem”.
O ‘Costa Concordia’ tem de subir dois metros face ao atual apoio fornecido pelas plataformas. Os próximos dois dias serão dedicados ao bombeamento de água, permitindo que entre quinta-feira e sábado os especialistas possam estabilizar o navio.
Findo esse prazo, o paquete estará em condições (acreditam os peritos) de ser rebocado até ao porto de Génova, a cerca de 280 quilómetros de distância, para ser desmantelado.
A última viagem do ‘Costa Concordia’ deverá demorar quatro dias.
Mais de 350 pessoas (na grande maioria engenheiros e mergulhadores) estão envolvidas nesta operação.
Com o naufrágio do paquete, em janeiro de 2012, morreram 32 pessoas. O capitão, Francesco Schettino, foi o único tripulante a ser julgado por homicídio, naufrágio, abandono do navio e imprudência.