Detalhes das ameaças feitas ao árbitro Bruno Paixão levaram as autoridades a temer pela concretização das mesmas. O juiz de Setúbal, que rubricou uma arbitragem polémica no jogo do Sporting com o Gil Vicente, terá sido aconselhado a deixar a sua habitação, mas nega que o tenha feito.
Em causa estará a recente arbitragem de Bruno Paixão, na partida entre o Sporting e o Gil Vicente, na 23.ª ronda da Liga, que levaram o árbitro a pedir dispensa na ronda que se disputa neste fim de semana.
Dias depois dessa arbitragem, foram tornados públicos dados pessoais, relativos a diversos árbitros portugueses, bem como seus familiares, com pormenores que poderão ter ajudado a dar credibilidade a estas ameaças.
Pormenores das rotinas da filha de Bruno Paixão, desde horas de entrada e saída do colégio, bem como outros locais que a menor de 7 anos frequenta, causaram apreensão na polícia, que não enquadra o caso noutros tipos de ameaças que os árbitros recebem, repetidas vezes.
Neste momento, as autoridades estão a proceder a uma investigação, para tentar perceber a origem das ameaças. Bruno Paixão confirmou ao DN que foi aconselhado pela polícia a abandonar provisoriamente a casa onde reside.
O caso não merece comentários de Vítor Pereira, ex-árbitro e atual líder da Comissão de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol.