A Quercus quer contribuir para o rejuvenescimento dos mexilhões no rio Paiva e anunciou a libertação, amanhã, de 4000 bivalves. A iniciativa surge depois de uma análise ter revelado a existência de muitos mexilhões com idades entre os 20 e os 40 anos e muito poucos juvenis.
É um dos poucos casos em que quem se ‘lixa’ não é o mexilhão. Quatro mil exemplares deste bivalve vão ser libertados, amanhã, nas águas do rio Paiva.
A iniciativa é da Quercus, que pretende contribuir para o rejuvenescimento da população de mexilhões neste curso de água.
O envelhecimento dos mexilhões do Paiva foi comprovado em análises recentes, nas quais foram descobertos muitos bivalves com entre 20 a 40 anos de idade contra muito poucos jovens e juvenis.
“Vamos tentar rejuvenescer a população de mexilhões do rio Paiva”, assumiu Paulo Lucas, coordenador do Projeto Life Ecotone.
Mas quem se ‘lixa’, perdão, quem vai ser reintroduzido neste rio não é apenas o mexilhão: a Quercus quer voltar a ver trutas de rio no Paiva, tanto mais que este peixe é fundamental para o ciclo de vida dos bivalves.
“Estamos a reproduzir trutas que foram capturadas na bacia hidrográfica do rio Paiva no sentido de reproduzir esta espécie e fazer repovoamentos, porque sabemos que esse é um dos principais problemas do rio Paiva”, acrescentou Paulo Lucas.
A reprodução das trutas está a ser feita em cativeiro.