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Opinião de Gustavo Santos sobre Charlie Hebdo incendeia Facebook

gustavo santos 2 Um post do apresentador Gustavo Santos no Facebook, sobre o massacre no Charlie Hebdo, provocou grande polémica. Gustavo fala em “desrespeito gratuito e egóico pelas mais altas crenças dos outros” e em “gozar sistematicamente com convicções alheias”, numa crítica implícita ao jornal satírico francês.

Gustavo Santos está a ser fortemente criticado pela opinião que ontem publicou, no Facebook, sobre o atentado contra o jornal Charlie Hebdo, em Paris, que provocou 12 mortos.

No Facebook, o orador e escritor criticou indiretamente os cartunistas assassinados por fazerem “carreiras a ridicularizar a verdade de quem não conhecem de lado nenhum”, acrescentando que o Charlie Hebdo ganhou fama a “gozar sistematicamente com convicções alheias”.

“Liberdade de expressão é uma coisa, desrespeito gratuito e egóico pelas mais altas crenças dos outros, sejam elas quais forem, é outra. Infelizmente, um e outro ponto colidiram hoje. Que uns sejam apanhados e severamente julgados pelo que fizeram e que outros, os que tiveram sorte e ficaram, assim como tantos outros que fazem carreiras a ridicularizar a verdade de quem não conhecem de lado nenhum, aprendam alguma coisa com isto!”, escreveu Gustavo Santos.

O comentário prosseguiu: “Opinar sim, questionar também, agora gozar sistematicamente com convicções alheias é que me parece despropositado. Além disso, sempre que desrespeitamos alguém desta forma, estamos a trazer uma potencial ameaça para a nossa vida!”.

O artigo gerou mais de 2600 comentários, na grande maioria a criticarem a opinião do orador e escritor, e tem quase 1200 partilhas.

“Dizer que o jornal se pôs a jeito por causa dos cartoons é o mesmo que dizer que uma mulher que use minissaia na rua quer ser violada” é um dos comentários com mais gostos: soma mais de 1500.

A polémica foi tanta que, apenas três horas depois, Gustavo Santos publicou novo texto: “Bem, depois de uma corrente tão inesperada de ofensas e outras interpretações, venho reforçar a minha ideia no sentido em que, naturalmente, não defendo qualquer atitude de terrorismo ou de violência. O mundo inteiro sabe que desafiar radicais e gente que não tem medo de morrer, cuja vida vale menos do que aquilo em que acredita, é uma tremenda ameaça”.

“Este jornal já tinha sofrido um atentado, acontece que desta vez, e infelizmente, culminou no pior cenário possível. Nada justifica a ceifa de vidas humanas em prol de uma crença religiosa. Que as famílias se reergam e que os responsáveis por este ato hediondo sejam devidamente punidos. Apenas isto”, concluiu.

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