Economia

OCDE: Portugal entre os países que mais destruíram emprego, desde o início da crise

desempregadoNo primeiro trimestre deste ano, Portugal registava já um aumento de seis por cento na taxa de desemprego, face ao período anterior ao início da crise, sendo o quarto valor mais elevado entre os países da OCDE.

Segundo os dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), Portugal está entre os países que mais destruíram emprego (seis por cento), desde o período homólogo de 2008, sendo ultrapassado apenas pela Irlanda (9,4 por cento), Grécia (9,1) e Espanha (8,7).

No primeiro trimestre deste ano, o emprego em Portugal caiu mais 0,5 por cento, valor, contudo, inferior ao verificado no último trimestre de 2011 (1,3 por cento), mas superior ao dos restantes trimestres. Os homens e os mais jovens são os grupos mais afetados.

No final do primeiro trimestre, Portugal tinha já cerca de 4,4 milhões de desempregados, o que representa 62,5 por cento da população ativa (abaixo da média da OCDE, que é de 64,9 pontos percentuais). Por sua vez, a maior taxa de empregabilidade situa-se na faixa etária dos 25 aos 54 anos de idade (76 pontos), estando a menor entre os mais jovens (15-24 anos): 24,2 por cento.

Porém, nem todos os países da OCDE seguiram esta tendência de declínio: alguns conseguiram criar emprego, durante este período: Israel (6,1 por cento), Chile (4,5 por cento), Turquia (3,3), Alemanha (2,8), Polónia (0,8), Coreia do Sul e Luxemburgo (0,3) e Áustria (0,2 por cento).

Apesar de tudo, entre os países desta organização, o número de pessoas empregadas rondava, no final do primeiro trimestre, os 528 milhões, o que significa menos dois milhões (1,6 por cento) do que no período imediatamente anterior à falência do banco Lehman Brothers. Na Zona Euro, a destruição de emprego acumulada atingiu os dois por cento.

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