Insólito

Obras de Picasso, Matisse, Monet e Gauguin foram queimadas para evitar condenação de ladrão

matisse quadroSete obras de arte, incluindo quadros de Picasso, Matisse, Monet e Gauguin, poderão ter sido queimadas para evitar a condenação de um ladrão. Olga Dogaru, mãe do romeno suspeito do assalto a um museu em 2012, afirma ter queimado as telas na tentativa de evitar a condenação.

Sete obras de arte da coleção privada da Fundação Triton, roubadas em outubro de 2012 do museu Kunsthal, em Roterdão (Holanda), poderão ter sido queimadas. Não foi obra da inquisição, mas sim de Olga Dogaru, a mãe de Radu Dogaru, considerado o principal suspeito do assalto.

Foi a própria romena quem confessou à polícia ter queimado as sete telas, avaliadas em dezenas de milhões de euros, na tentativa de impedir que o filho fosse condenado. Só que a polícia “não acredita necessariamente no relato”, como admitiu Gabriela Chiru, porta-voz da Procuradoria romena.

Olga Dogaru terá explicado que enterrou os quadros, primeiro num terreno de uma casa abandonada e posteriormente num cemitério, mas ficou assustada após uma busca da polícia, já com Radu Dogaru em prisão preventiva, e optou por queimar as telas dentro de uma panela grande, utilizando para esse fim pedaços de madeira, chinelos e outros combustíveis.

Especialistas do Museu de História Natural da Roménia estão a analisar as cinzas recolhidas para amostra, mas os resultados poderão demorar meses a ser conhecidos. Só essas análises poderão comprovar se obras como ‘ponte de Waterloo’, de Claude Monet, ‘cabeça de arlequim’, de Pablo Picasso, ‘a leitora em branco e amarelo’, de Henri Matisse, e ‘a mulher diante de uma janela aberta’, de Paul Gauguin, desapareceram para sempre no fogo.

Radu Dogaru, detido em janeiro deste ano, é o principal suspeito do assalto ao museu, no qual terá sido auxiliado por Alexandre Bitu e Eugen Darie. O trio continua a clamar inocência.

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