Segundo um estudo, um quarto dos adolescentes não dorme pelo menos sete horas por dia. A Associação Portuguesa de Cronobiologia e Medicina do Sono considera este dado preocupante e alerta para os riscos da privação do sono: insucesso escolar e aumento dos comportamentos desviantes.

Há uma grande percentagem de adolescentes portugueses que estão a dormir menos de sete horas por dia, alerta a Associação Portuguesa de Cronobiologia e Medicina do Sono (APCMS), que realizou um estudo para compreender os hábitos de estudantes portugueses.

Segundo aquela associação, um em cada quatro pessoas daquela faixa etária dorme menos de sete horas por dia e apenas 20 por cento dorme mais do que nove horas diárias.

Os dados recolhidos pela APCMS relativamente às horas de sono mostram que os adolescentes não dormem o suficiente, o que acarreta risco, desde o mau desempenho na escola, ou nos comportamentos desviantes.

O coordenador do estudo, Miguel Meira e Cruz, que coordenou o estudo, revelou à agência Lusa que os dados recolhidos “não são surpresa”. No entanto, vieram aumentar as preocupações sobre privação do sono na idade escolar.

“Os adolescentes não têm grandes regras para ir para a cama. Fisiologicamente, também estão mais propensos para se deitarem tarde”, sustentou Meira e Cruz, à Lusa.

Para analisar a realidade portuguesa, a associação fez mais de 350 inquéritos em diferentes escolas.