Sumo Pontífice não aprecia o papamóvel. Aliás, o Papa Francisco repete vezes sem fim um movimento: deixar o veículo para saudar os fiéis. A razão é só uma: “Não posso dizer às pessoas que as amo dentro de uma lata de sardinhas de vidro”.
O líder da Igreja Católica – que concedeu uma entrevista à SIC, transmitida hoje – voltou a surpreender, pelo modo como se referiu ao veículo que o transporta: o papamóvel.
Depois de, por diversas vezes, o Papa Francisco ter abandonado o veículo para saudar as pessoas que o acompanham, chega a explicação, numa entrevista ao jornal italiano Vanguardia.
É que o Sumo Pontífice não se sente bem “dentro de uma lata de sardinhas, mesmo que seja em vidro”.
“Não poderei saudar as pessoas e dizer-lhes que as amo dentro de uma lata de sardinhas”, afirmou o Papa, àquele jornal transalpino.
E Francisco, 77 anos de idade, não tem receio de sair da zona de proteção que o papamóvel representa. Coloca em risco a sua segurança, porque, segundo diz, na sua idade tem “pouco a perder”.
Aliás, o Papa Francisco é um confesso apreciador de… motorizadas. Recentemente, recebeu uma Harley-Davidson, como presente, quando o fabricante norte-americano celebrou o 110.º aniversário.
A ‘papamota’ só foi a leilão porque de acordo com uma nota emitida pelo Vaticano, a receita iria ser doada à Cáritas de Roma com uma dupla finalidade: a principal é o financiamento do restauro de um albergue, permitindo o alojamento a pessoas sem-abrigo, com o restante a suportar os custos inerentes à confeção e oferta de refeições.
E até um proprietário de uma Renault 4, veículo com duas décadas de vida e muitos quilómetros percorridos, o padre decidiu oferecê-lo ao Papa Francisco. O líder da igreja Católica, como é seu apanágio, foi tão humilde como o presente. E recebeu-o com carinho.