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O lado carinhoso dos morcegos

morcego bebe Sabia que o morcego, diabolizado pela cultura popular sobre os vampiros, tem um lado carinhoso e solidário? E que os ratos são venerados em algumas culturas e uma deliciosa refeição noutras?  É assim a natureza (re)vista pelos olhos de Simon Barnes.

Um escritor especializado em natureza, Simon Barnes, está a tentar desmistificar vários mitos sobre animais.

É o caso dos vampiros, diabolizados desde que Bram Stoker associou este mamífero à história do Conde Drácula.

Temidos por muitos e capazes de enojar ainda muitos mais, os morcegos que se alimentam de sangue são uma prova de que o altruísmo não é um exclusivo dos humanos, sustentou o autor de ‘Ten Million Aliens: A Journey Through The Entire Animal Kingdom’.

Salientando que um morcego não sobreviver se passar três noites sem se alimentar, Barnes destacou que um deles é capaz de regorgitar o sangue para o dar ao ‘colega’.

Graças a este ‘esquema’, foram documentados casos de fêmeas que viveram mais de 15 anos.

Outros mitos que  o autor quis desmistificar estão associados aos ratos, porventura os animais que mais repulsa criam junto da maioria dos humanos.

Simon Barnes argumentou que a análise desta espécie deve assumir certos conceitos filosóficos. Se o humano odeia os ratos porque espalham doenças e são impossíveis de controlar, como se deve sentir perante a outra espécie capaz de fazer o mesmo a uma escala ainda maior: os humanos?

Em certas regiões da Índia, há tribos que veneram os ratos e outras que os consideram uma iguaria gastronómica.

No horóscopo chinês, os nativos do signo do rato são considerados inteligentes, criativos, generosos e honestos.

Do outro lado do mar, no Japão, vários templos têm estátuas de ratos para convidar os visitantes a contemplar o que é maior do que eles, tal como os ratos olham para os humanos

O mesmo autor versou também outro animal pouco apreciado: as hienas.

O primeiro mito tem a ver com a aparência, já explicada pela ciência. Sem grandes atributos físicos para competirem com os grandes felinos, as hienas não têm pêlo nas faces para que não ficassem com restos de comida agarrados, uma vez que se alimentam de cadáveres.

A vida em sociedade é outro dos temas abordados por Barnes, que considera a hierarquia das hienas um exemplo até para a humanidade.

As estruturais sociais nos clãs de hienas são regidas pela eficiência, cabendo à fêmea dominante o topo da hierarquia.

Para se aferir das vantagens deste modelo, o autor comparou-o com o dos leões: afinal, são as leoas quem fazem todo o trabalho (até a caça), mas o macho é que é designado como ‘rei da selva’.

De acordo com os biólogos, a hiena que chefia o clã é duas vezes e meia melhor do que as outras a educar as mais jovens da família.

Morcegos, ratos e hienas são apenas três dos “dez milhões de aliens” analisados na obra de Simon Barnes, que será lançada no mercado britânico a 25 de outubro.

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