O Ministério da Saúde fez as contas e anunciou os números: só durante este ano vão ser contratados 2000 enfermeiros. Ao mesmo tempo, a Administração Central do Sistema de Saúde recorda que estão a decorrer os concursos para o recrutamento de 1925 médicos especialistas.

Após várias semanas de polémicas sobre as roturas das urgências hospitalares, denunciadas por profissionais de saúde, ordens profissionais, sindicatos e associações de utentes, o Ministério da Saúde respondeu hoje com números.

Ao longo deste ano, segundo a tutela, vão ser contratados mais 2000 enfermeiros e quase igual número de médicos especialistas.

De acordo com uma nota enviada pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) à agência Lusa, em breve vai ser aberto um concurso para o recrutamento, para os serviços e estabelecimentos de saúde do setor público administrativo, de mil enfermeiros.

Ainda este ano, segundo o mesmo texto, serão contratados mais mil enfermeiros, mas para os hospitais quesão Entidades Públicas Empresariais (EPE) e para as Unidades Locais de Saúde (ULS).

Para além de enfermeiros, também serão contratados quase 2000 médicos ao longo deste ano.

Segundo a ACSS, desde junho do ano passado que estão abertos dois concursos para a contratação de 817 médicos especialistas, aos quais se somam as 275 vagas de um outro concurso, este aberto a 26 de janeiro deste ano.

A tutela deixou ainda a promessa de abrir novos concursos após a conclusão das duas épocas de internato médico de 2015, que irão totalizar 819 vagas para clínicos especialistas.

O número de médicos a contratar ao longo de 2015 fica completo com os 14 profissionais já recrutados, em janeiro, para a área da medicina interna.

O comunicado da ACSS sublinha que “a Lei do Orçamento de Estado para 2015 vem introduzir diversos mecanismos que facilitam a contratação de profissionais de saúde, assim como a sua fixação em zonas carenciadas, designadamente a possibilidade de atribuição de incentivos, mediante diploma em fase de aprovação”.

As estimativas da tutela apontam para que os concursos encerrem até ao final do primeiro semestre do ano, “permitindo reforçar os hospitais do Serviço Nacional de Saúde com mais médicos especialistas e promover a sua redistribuição pelos diferentes hospitais e regiões”.