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Números relativos aos salários dos professores “são vigarice” (Fenprof)

Secretário-geral da Fenprof reage com indignação aos números que indicam que os salários dos professores foram aumentados acima da média da OCDE, em Portugal, num paralelo com o PIB. “Isso é uma vigarice”, disse à Lusa Mário Nogueira.

Segundo um relatório Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económicos, Portugal está em nono lugar de uma lista de 28 países, no que diz respeito à variação salarial, com aumentos acima da média, em relação ao Produto Interno Bruto.

O responsável máximo da Federação Nacional de Professores desmentiu esta realidade. Mário Nogueira acusa o executivo de José Sócrates de ter enviado para esta organização “números irreais”, sem correspondência no real salário.

“Isso é uma vigarice. Entre 2005 e 2008, os professores tiveram o tempo de serviço congelado e houve outros sem progressão devido aos congelamentos”, realça Mário Nogueira, em declarações à agência Lusa.

Por outro lado, o paralelo com o PIB suscita outra crítica: “Se virmos quais os professores que, em relação ao PIB, usufruem de salários mais elevados, se calhar são os docentes de países com salários baixos e onde se passa fome”, sublinhou.

O secretário-geral da Fenprof receia que estas notícias deixem transparecer a ideia de que os professores estão a ser uma classe privilegiada, “o que não é verdade”.

Mário Nogueira justifica os dados do relatório com a descida do PIB português, “associada a uma revisão da carreira que colocou professores em escalões superiores”, mas sem “correspondência salarial”, em virtude dos cortes e congelamentos.

Este relatório da OCDE revela que Portugal, Dinamarca e República Checa são os países onde, nos últimos anos, se verificou um maior aumento de salários, em relação à percentagem do PIB, ao contrário de uma tendência generalizada, que aponta um decréscimo entre 2000 e 2009.

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