Novas revelações da WikiLeaks mostram “toda a capacidade de espionagem” da CIA
O WikiLeaks começou a divulgar os documentos do “cofre 7”, que revelam “toda a capacidade de espionagem” da CIA. Ninguém está a salvo, avisam os hacktivistas.
A organização de Julian Assange divulgou 8761 documentos do “cofre 7”, um novo conjunto de material secreto, e garantiu que as novas revelações demonstram “toda a capacidade de espionagem” da CIA.
A agência de segurança dos EUA consegue aceder, de forma ilegítima, a qualquer smartphone ou programa de mensagens instantâneas, como o WhatsApp, frisou a WikiLeaks.
Os hacktivistas salientaram ainda que a CIA consegue transformar um televisor inteligente (SmartTv) “num microfone escondido”.
Os documentos ultrassecretos foram vazados por uma fonte que, citada sob anonimato pelo WikiLeaks, entende que é preciso “iniciar um debate público sobre a segurança, criação, uso, proliferação e controlo democrático de ciberarmas”.
“É preciso debater se as capacidades de espionagem da CIA excedem os poderes que lhe foram conferidos e o problema da exposição pública do alcance da agência”, acrescentou a mesma fonte.
É o caso do ‘Anjo a chorar’, um programa de vigilância que permitiu à CIA, em cooperação com o MI5, ouvir conversas através de uma SamsungTV que tinha sido desligada com o botão vermelho do comando (continuando ligada à corrente elétrica).
O WikiLeaks citou ainda um documento que cita… o WikiLeaks. O autor do texto admite que “a CIA perdeu o controlo da maioria do arsenal de ‘hacking’, incluindo malware, vírus, cavalos de tróia, falhas exploratórias, malware de acesso remoto e documentação associada”, que podem estar ao dispor de agentes menos bem intencionados.
“Esta extraordinária coleção, que supera centenas de milhões de código, dá a quem a possuir toda a capacidade de espionagem da CIA. O arquivo parece estar a circular entre hackers do anterior Governo e serviços externos por contrato de forma não autorizada, com alguém a ter fornecido porções do arquivo ao WikiLeaks”, diz o relatório da CIA divulgado… pelo WikiLeaks.
