Mesmo que não tenha conta no Facebook, poderá estar a ser ‘espiado’ pela rede social de Mark Zuckerberg, adianta um estudo. O objetivo é analisar o perfil do utilizador, com objetivos comerciais. De acordo com o The Guardian, que divulga o estudo, o Facebook recorre a associações de proteção de dados e a departamentos de telecomunicações. No entanto, a rede social aponta “imprecisões factuais” na pesquisa, de âmbito internacional.
De acordo com um estudo, a rede social criada por Mark Zuckerberg faz um estudo sobre o perfil dos cibernautas, com a finalidade de vender produtos, conhecendo o perfil do comprador, mesmo que este não tenha qualquer conta no Facebook.
A investigação é da autoria da Universidade de Leuven e do departamento de Media, Informação e Telecomunicações da Universidade de Vrije, de Bruxelas.
O Facebook utiliza um arquivo (datr. Y) que assinala sempre que um cibernauta visita uma página da rede social. O facto de esse cibernauta não ter conta não o torna imune a esta ‘espionagem’.
Segundo conta o The Guardian, a informação fica armazenada durante dois anos, segundo um relatório divulgado pela comissão belga de proteção de dados.
No momento em que o utilizador entra num domínio da rede social, imediatamente são instalados ‘cookies’, que permanecem no computador e guardam informações como as palavras-chave utilizadas em pesquisa, por exemplo, ou outro tipo de dados que traçam o perfil desse utilizador: que sites costuma visitar, por exemplo.
A empresa de Mark Zuckerberg utiliza, alegadamente, essa informação para comércio de produtos e serviços.
No entanto, um porta-voz do Facebook garante que o estudo é exagerado e contém algumas imprecisões. Esse mesmo porta-voz destaca o facto de nenhum responsável da rede social ter sido contactado, para dar informação sobre esta prática.
Ainda segundo os autores do estudo, o Facebook estará a violar legislação europeia de privacidade.