Um antigo campeão mundial avisa que o Brasil “vai passar uma vergonha” em casa. Rivaldo não se refere às hipóteses dentro das quatro linhas, mas aos atrasos nos estádios e nas infraestruturas. O dinheiro gasto, acrescentou, seria muito mais útil “na educação e na saúde”.

Rivaldo, campeão do mundo pelo Brasil em 2002, acredita que o país vai ser envergonhado no Mundial que organiza este verão. O avançado, de 41 anos, não estava a comentar as hipóteses da formação orientada por Scolari, apontada como uma das principais favoritas ao título, mas a todo o ‘campeonato’ que suporta a competição: a construção dos novos estádios e das infraestruturas de apoio está atrasada.

«Nós já sabíamos que isso aconteceria”, desabafou Rivaldo, numa entrevista à rádio Jovem Pan, “mas não quero mais dar a minha opinião sobre isso. Disse outras vezes que o Brasil não tem condições para organizar o Mundial. Vai ser difícil, o Brasil vai passar uma vergonha”.

O antigo internacional ‘canarinho’ tem contestado o custo associado à organização do Campeonato do Mundo, por ser “muito dinheiro só para um mês” e por fazer mais falta noutras áreas: “o Brasil tem muita coisa para fazer nas escolas, na saúde… Não é campos de futebol para o Mundial”.

As críticas de Rivaldo voltaram à atualidade mais de meio ano após a Taça das Confederações, altura em que o Brasil se tornou notícia pelos protestos e manifestações. “É uma vergonha estar-se a gastar tanto dinheiro para esta Copa do Mundo e deixar os hospitais e escolas em condições precárias. Precisava desabafar, pois já fui pobre e senti na pele a dificuldade de estudar em escola pública e não ter um bom serviço de saúde”, afirmou, na altura, o antigo internacional brasileiro.