A música de Zeca Afonso, ‘Grândola, Vila Morena’, continuará a fazer ouvir-se pela voz do movimento ‘Que se lixe a troika’, que promete aparecer em todas as cerimónias públicas onde estejam membros do Governo. O grupo encontrou neste protesto pacífico uma forma de contestar as políticas de austeridade.
Passos Coelho foi a primeira vítima a ouvir o movimento ‘Que se lixe a troika’ cantar ‘Grândola, Vila Morena’, nas galerias do Parlamento. O primeiro-ministro acatou o protesto, que dias depois se repetiu, em Vila Nova de Gaia, num ato público do Clube dos Pensadores, desta vez com Miguel Relvas como vítima.
Já se percebeu que a ideia de transmitir ao Governo que “o povo é quem mais ordena” não é um ato isolado e vai continuar a marcar as aparições públicas do executivo de Passos Coelho. E o próprio movimento que organiza essa manifestação já prometeu continuar a entoar ‘Grândola’ até ao dia 2 de março, dia de manifestação.
“Cada vez que um português encontre um ministro, um secretário de Estado ou um banqueiro na rua, cante-lhe a Grândola”, refere um dos elementos do movimento ‘Que se lixe a troika’ ao jornal i.
A origem deste protesto reside no facto de, segundo o movimento, a troika ter perdido a essência de Portugal, terra da fraternidade, onde o povo ordena. Esta ação do grupo foi muito mediatizada, pelos alvos e palcos que escolheu.
O ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares foi a mais recente vítima, em Vila Nova de Gaia. Um dos convidados do Clube dos Pensadores, Miguel Relvas estaria longe de imaginar que iria ser alvo de uma manifestação, com a música ‘Grândola, Vila Morena’.
Acontece que Miguel Relvas decidiu juntar a sua voz à dos manifestantes do movimento ‘Que se lixe a troika’. E entoou também a música de Zeca Afonso. A atitude foi mal acolhida pelos manifestantes.