O Orçamento de Estado para 2013 tem “pontos de partida fantasistas” e apresenta “riscos” para os portugueses, mas o deputado Mota Amaral seguiu “as regras do jogo” e, por disciplina partidária, votou a favor do documento, como justificou no balanço do ano parlamentar.
Mota Amaral, antigo presidente da Assembleia da República e deputado eleito pelos Açores na presente legislatura, assumiu que votou a favor de um Orçamento de Estado (para 2013) com o qual não concorda. Embora tenha “dúvidas sobre a exequibilidade do Orçamento”, o deputado do PSD aceitou a disciplina partidária, pois “faz parte das regras do jogo”, mas não se conteve nas críticas.
No balanço do ano parlamentar, hoje realizado em Ponta Delgada, Mota Amaral confessou que as dúvidas surgem “devido aos pontos de partida que nos parecem um bocado fantasistas na conjuntura atual”, ao mesmo tempo que assinala “os riscos que este Orçamento comporta para a vida e bem-estar dos portugueses”.
Por defender um pensamento e votar o contrário, é “muito fácil” que surjam as críticas de que deputados do PSD eleitos pelos Açores não estarão a defender o arquipélago. “Essa acusação é muito fácil de fazer e difícil de provar. Os interesses dos Açores nesse domínio estão muito ligados ao interesse nacional”, respondeu.
Mota Amaral rejeitou ainda votar a favor de qualquer pedido de fiscalização do Orçamento de Estado, até porque “não vão faltar iniciativas sobre esse ponto”.
Quanto às iniciativas dos deputados do PSD eleitos pelos Açores, na presente legislatura colocaram 280 questões ao Governo, como realçaram durante o balanço hoje apresentado.
