Rodeado pela família, Oscar Niemeyer morreu na madrugada de hoje (21h50 em Brasília), aos 104 anos, após um agravamento do quadro de infeção respiratória de que padecia. Niemeyer sentia-se uma pessoa feliz por poder ajudar o próximo e fazer um mundo melhor. Dizia que a arquitetura não era a sua profissão, mas um passatempo.

Morreu no Rio de Janeiro o arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer, rodeado pela família, depois de se ter agravado o quadro clínico. Segundo informou ontem um porta-voz do Hospital Samaritano, Niemeyer morreu às 21h50, em virtude de complicações respiratórias.

Oscar Niemeyer deixa a sua marca na arquitetura, pela notável obra que o eterniza. Mas será também recordado como um homem simples, que se dizia feliz por poder ajudar o próximo.

Nasceu no Rio de Janeiro, no dia 15 de dezembro de 1907. Mesmo depois do reconhecimento mundial, não colocava a arquitetura no centro do seu mundo. Privilegiava a família, os amigos e preocupava-se por ajudar na construção de um mundo melhor. Parte aos 104 anos, a 10 dias de completar o 105.º aniversário.

O estado de saúde de Oscar Niemeyer piorara, de acordo com o mais recente boletim clínico, divulgado na terça-feira. O arquiteto brasileiro fora internado no início de novembro, no Hospital Samaritano, devido a problemas de desidratação.

Desde então, fez hemodiálise e fisioterapia respiratória. Já durante este internamento, o arquiteto teve uma hemorragia digestiva, à qual se juntara a insuficiência renal de que padecia.

Este era o terceiro internamento de Oscar Niemeyer, em 2012. No passado mês de outubro, o reputado arquiteto estivera internado durante duas semanas, na mesma unidade de saúde, em virtude de problemas de desidratação decorrentes da insuficiência renal.

Oscar Niemeyer será velado hoje, no Palácio do Planalto, em Brasília, e será sepultado no Rio de Janeiro na sexta-feira, no cemitério São João Baptista.