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Moçambique/Ciclones: Governo disponibilizou tratamento a doentes de Sida

O Governo moçambicano assegurou hoje ter criado condições para que doentes com Sida, forçados a fugir das suas casas devido aos ciclones no centro e norte do país, continuassem o tratamento anti-retroviral, estacando o risco de propagação da doença.

“Houve sempre uma abordagem para que os doentes não ficassem muito tempo sem tratamento, uma das abordagens era levar os medicamentos para atendimento nos centros de acomodação”, declarou hoje aos jornalistas o secretário-executivo do Conselho Nacional de Combate à SIDA (CNCS), Francisco Mbofana.

Nenhum doente de SIDA obrigado a sair da sua casa devido às calamidades naturais ficou prejudicado, acrescentou Mbofana, falando à margem de uma conferência sobre “Pesquisa em VIH/Sida, em Maputo.

“Todos os casos foram devidamente tratados e toda a gente teve acesso ao tratamento, porque era uma prioridade garantir que todos tivessem acesso ao tratamento”, assegurou.

O secretário-executivo do CNCS adiantou que a resposta das autoridades permitiu que “dezenas de milhares” de pessoas afetadas pelas calamidades naturais no centro e norte do país continuassem na linha de tratamento anti-retroviral.

O ciclone Idai atingiu o centro de Moçambique em março, provocou 604 mortos e afetou cerca de 1,5 milhões de pessoas, enquanto o ciclone Kenneth, que se abateu sobre o norte do país em abril, matou 45 pessoas e afetou outras 250 mil, de acordo com os números mais recentes.

Dados oficiais indicam que 2,2 milhões de pessoas dos cerca de 30 milhões de moçambicanos estão infetados pelos VIH/Sida.

Do número de infetados, 54 por cento tem tratamento anti-retroviral, enquanto os remanescentes 46 por cento estão fora da assistência, sendo um alvo que as autoridades pretendem alcançar nos esforços de expansão dos cuidados.

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