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Ministro da Defesa admite que roubo em Tancos pode não ter existido

O ministro da Defesa admite que o roubo de material de guerra em Tancos pode, afinal, não ter existido.

“No limite, pode não ter havido furto nenhum, porque não existe prova visual, nem testemunhal, nem confissão”, afirma o governante em entrevista ao Diário de Notícias e à TSF.

“Por absurdo podemos admitir que o material já não existisse e que tivesse sido anunciado… e isso não pode acontecer”, salientou ainda o ministro com a pasta da Defesa Nacional.

Perante isto, Azeredo Lopes explica a sua opinião.

“Dou-lhe a minha palavra de honra: não estou nem deixo de estar convencido, só sei que desapareceu. Tenho de presumir, por bom senso e porque não sou dado a teorias da conspiração, que desapareceu algures antes de 28 de Junho quando eu tomei conhecimento”

O roubo de material de guerra nos paióis nacionais de Tancos foi detetado no dia 28 de junho de 2017. Na altura, o Exército anunciou o desaparecimento de granadas de mão ofensivas e munições de calibre de nove milímetros.

Alguma imprensa revelou, entretanto, que desapareceram, alegadamente, também 50 quilos de explosivos, mais de 100 granadas de mão ofensiva, 44 lança-rockets anticarro, 1450 munições de calibre 9 mm, entre mais.

Confiança nas chefias militares

Para já, o ministro diz manter a confiança nas chefias militares.

“Sei que há um furo na cerca e que foi declarado o desaparecimento de material militar. Eu não sou investigador criminal. Não quero saber se foi A ou B, se foi de dentro ou de fora, o que sei é que material que estava à guarda do Exército desapareceu”, revela, dizendo que quer “saber por todas as razões”.

“Porque, se se verificar que houve cumplicidades internas isso é muito preocupante, quero saber como cidadão e como ministro da Defesa Nacional como é que isto pôde acontecer, mas eu não sou investigador e não tenho sequer o direito de me intrometer na investigação que estava a cargo da PJ militar e que foi depois assumida pela Polícia Judiciária”.

O ministro disse ainda que as medidas de segurança foram reforçadas.

“Situações de fragilidade semelhantes [a Tancos] não foram verificadas. Foram verificadas situações em que se justificava reforçar a segurança.”

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