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Miguel Relvas ouviu ‘Grândola, Vila Morena’, ripostou e foi insultado

O ambiente ficou tenso e o moderador do debate teve de acalmar os ânimos, pedindo aos manifestantes que se acalmassem. Algumas pessoas manifestaram a situação de desespero que vivem e o moderador acabou por pedir para que os autores da manifestação abandonassem a sala.

Entretanto, segundo o Jornal de Notícias, Miguel Relvas afirmou que não se deixa “desencorajar por este tipo de abordagens”. Certo é que esta sessão do Clube de Pensadores fica marcada por esta manifestação.

Recorde-se que durante o último debate quinzenal no Parlamento, Pedro Passos Coelho foi interrompido pelo entoar de ‘Grândola Vila Morena’, num protesto organizado pelo movimento ‘Que se Lixe a Troika’. A força das palavras cantadas sobrepôs-se a um discurso político. E provou-se que “o povo é quem mais ordena”.

“Grândola, Vila Morena, terra da fraternidade…” começou a ouvir-se, a partir das galerias, num momento em que Passos Coelho usava da palavra. Assim que se apercebeu do protesto, o primeiro-ministro esboçou um sorriso e suspendeu o discurso – num tom mais moderado do que aquele que Miguel Relvas adotou em Vila Nova de Gaia.

A presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, lembrou que as pessoas que estão nas galerias não se podem manifestar. Mas ‘Grândola Vila Morena’ continuou imparável, indiferente às tentativas de Passos em retomar o discurso.

Assunção Esteves pediu aos manifestantes que se “silenciem, ou se retirem”. Mas ‘Grândola Vila Morena’ fez jus à sua letra: “o povo é quem mais ordena”. E o povo ordenou que Passos Coelho tivesse de aguardar cerca de dois minutos para retomar o discurso.

“De todas as formas que uma sessão pode ser interrompida, esta parece-me significativamente a de maior bom gosto”, referiu Passos Coelho, acatando o protesto com respeito. Miguel Relvas não estava numa sessão parlamentar, onde as manifestações populares são proibidas. E ouviu a voz do povo, na terra da liberdade.

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