Contudo, quando este escultor recriou o membracídeo para o Museu de História Natural de Berlim, na primeira metade do século passado, não foi levado a sério. “A primeira coisa que um biólogo faz ao ver uma representação como essa é pensar ‘isto não pode ser real’, recorrendo a outros investigadores”, explicou Jerry Coyne.
É real e vive uma vida solitária, pendurado nas folhas de alguns arbustos, no Brasil. Esse isolamento foi perturbado quando os cientistas começaram a descrever o inseto mais bizarro do mundo, especialmente devido às esferas ocas de quitina que tem por cima da cabeça.
“Esses globos ocos, bem como outras excrescências notáveis, provavelmente devem assustar os predadores”, argumenta Martin Kemp, historiador sobre biologia. A ideia geral era de que essas ‘bolas’ seriam olhos, mas agora são encaradas como uma ferramenta para espantar os predadores, tal como os pelos espigados em todo o corpo.
