O aguardado regresso do humorista Ricardo Araújo Pereira à televisão ficou marcado pelas brejeiras “tetas”. O primeiro episódio de Melhor do que falecer foi composto por duas rábulas com o ‘non sense’ típico dos Gato Fedorento. Miguel Guilherme foi o convidado.
No futebol, diz-se que são 11 contra 11 e no final ganha a Alemanha. Para Ricardo Araújo Pereira, “no fim ganham as tetas”.
A conclusão brejeira foi a principal nota do primeiro episódio de Melhor do que falecer, o novo programa do humorista.
Miguel Guilherme foi o primeiro convidado especial, alinhando nos dois sketches do primeiro episódio.
Na estreia pela TVI, o humorista da Rádio Comercial (do mesmo grupo económico) recorreu ao humor que tornou popular o coletivo Gato Fedorento.
No primeiro sketch, Ricardo Araújo Pereira está sentado na grade de uma varanda, preparando-se para saltar.
Após várias pessoas terem saltado, surge na rua Miguel Guilherme, o que deu o mote para um diálogo filosófico sobre o valor da vida.
“Encontrei finalmente uma mulher que me compreende”, afirmou Miguel Guilherme, com Ricardo Araújo Pereira a recomendar-lhe que analisasse “o contexto” como explicado por Niklas Luhmann.
A rábula teve direito a explicação. A narradora, uma senhora idosa, abordou o confronto entre “duas perspetivas sobre a vida, uma mais racional e pessimista, outra mais ligada à alegria e ao prazer, aqui simbolizados pelas tetas”.
“No fim, ganham as tetas”.
No segundo sketche, Miguel Guilherme apresenta o programa de entrevistas “Dramas que a crise abafa”.
Um popular dá o exemplo de um desses dramas: o filho, “visto por trás, parece uma velha”.
O absurdo da situação podia ser interpretado como uma crítica à inação da classe política face aos problemas da sociedade, uma vez que “o presidente da Câmara” foi informado do caso do “filho” de Ricardo Araújo Pereira e ignorou-o.