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Médicos: IGAS deteta casos de cirurgias em horário de trabalho pagas com incentivos de horas extraordinárias

O relatório permitiu à IGAS concluir que o desempenho destes clínicos foi sobrevalorizado e que as tarefas poderiam ter sido desempenhadas durante o horário normal de trabalho. Isto leva a que as listas de espera apenas desesperem os utentes, pois para os clínicos são fictícias. A entidade recomenda às administrações hospitalares que controlem os custos e os serviços prestados, realçando que os membros dos conselhos de administração podem ser responsabilizados financeiramente.

Pedro Gomes, coordenador do Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia, garantiu ao Público que estes são casos residuais e que merecem condenação, mas que não colocam em causa os resultados deste programa, criado em 2004: o número de utentes em lista de espera foi reduzido para 35 por cento e o tempo médio de espera desceu de oito para três meses.

Opinião semelhante tem o Sindicato Independente dos Médicos e a Federação Nacional de Médicos, que defendem uma intervenção do Ministério Público. Já o bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, negou – quanto contatado pela TSF – desconhecer estas situações, acrescentando que, a confirmarem-se, acontecem porque são ‘permitidas’ por quem paga aos clínicos envolvidos.

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