Economia

Mario Draghi diz que perspetivas de crescimento da zona euro continuam intactas

O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, afirmou hoje que as perspetivas de retoma económica da zona euro se mantêm, apesar de os últimos indicadores económicos serem “ligeiramente mais fracos”.

Falando em conferência de imprensa no final da reunião de política monetária do conselho de governadores, Draghi disse que os últimos dados económicos conhecidos “são mais débeis do que o esperado”, mas sustentou que continuam consistentes com uma ampla expansão da economia da zona euro e com a subida da inflação.

Afirmando que os 19 países do euro registam uma “continuada e ampla expansão”, o presidente do BCE considerou que o crescimento económico está apenas a recuperar dos níveis anormalmente altos registados em 2017, não se tratando de uma “desaceleração”.

“É esta mudança suficiente para nos fazer alterar o cenário de base? A resposta é não”, disse Draghi, remetendo para as próximas projeções de dezembro.

Segundo o presidente do BCE, no terceiro trimestre registaram-se situações específicas de alguns países, como é o caso da queda da produção do setor automóvel na Alemanha.

O presidente do banco central referiu ainda que as incertezas relacionadas com o protecionismo, as vulnerabilidades das economias emergentes e a volatilidade do mercado financeiro “continuam a ser notórias”.

Relativamente ao pedido da Comissão Europeia para que Itália reformule o seu projeto orçamental para 2019, num inédito “chumbo” na história da União Europeia, Mario Draghi afirmou-se confiante que o governo italiano vai chegar a acordo com Bruxelas, acrescentando que Itália deve aplicar as normas e que o diálogo se mantém.

As declarações de Mario Draghi foram feitas após o BCE anunciar a manutenção das taxas de juro no nível mais baixo de sempre, pelo menos até ao verão de 2019.

A taxa de juro principal de refinanciamento manteve-se em zero enquanto os bancos vão continuar a pagar ao BCE uma taxa de juro negativa de 0,40 por cento pelos depósitos excedentários.

O BCE pretende manter as taxas de juro principais no mesmo nível “pelo menos até ao verão de 2019”, um prazo definido antes do verão e que deve ser gradualmente especificado no próximo ano.

No final da reunião do conselho de governadores, o BCE também confirmou que o seu vasto programa de compras de ativos termina no final do ano, salvo se ocorrer uma deterioração importante da economia até lá.

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