Marco Cid vai disputar o campeonato da Europa de ralis (ERC) Júnior, aos comandos de um Peugeot 208 R2, à imagem do que fez Diogo Gago na temporada passada.

O piloto de Leiria fez a opção pelo ERC pois considera que não tem possibilidades de evoluir em Portugal, apostando em competir com um carro menos potente do que o Clio S1600 a que estava habituado no campeonato nacional.

Para a sua ‘aventura’ no ERC o campeão nacional de duas motrizes volta a ter Nuno Rodrigues da Silva como navegador, e espera que aos 25 anos este seja um ‘virar de página’ na sua carreira, ao mesmo tempo que deixa muitas críticas às competições no nosso país.

“É muito simples: quero evoluir como piloto e como pessoa. Corri dois anos no CNR e vi muita coisa que me fez acreditar que não é possível evoluir no nosso país”, começa por dizer Marco Cid.

“Para um piloto com a minha idade, é muito duro trabalhar todas as vertentes com empenho e profissionalismo – desde a preparação física, à pilotagem e à comunicação – e depois constatar que há uma enorme falta de retorno e até de respeito pelos pilotos dos 2 Rodas Motrizes”, afirma o piloto de Leiria.

“Parece que só quem tem um R5 é que é gente. Houve ralis em que nem champanhe havia para os primeiros do CNR2. Os clubes só olham para si mesmos e assisti a coisas vergonhosas que não deverão mudar”, aponta Marco Cid.

“Neste momento ainda não tenho confirmação de quais as provas do ERC Junior que vou disputar mas tenho a certeza que vou aprender imenso, num campeonato que já lançou vários jovens pilotos. Aliás, o ERC Junior tem um plantel fortíssimo e tenho consciência das dificuldades que vou encontrar sendo um estreante”, acrescenta.