Nas Notícias

Marcelo anuncia MAR para o pós-troika, com crédito ao dispor se Portugal ficar “aflito”

marcelo rebelo sousa2Um “acompanhamento reforçado”, anunciou ontem Marcelo Rebelo de Sousa, na TVI, vai proteger Portugal na saída do programa da troika. Este mecanismo tem uma sigla sugestiva (MAR), mas surge para evitar agitação. “É uma visão atlântica e doce de programa cautelar”, adianta Marcelo.

O segundo resgate é expressão que nem se coloca, assim como a saída do programa de ajustamento sem qualquer tipo de apoio. São dois extremos que não se equacionam. Para Marcelo Rebelo de Sousa, também não se coloca em cima da mesa a hipótese “programa cautelar”.

O comentador da TVI revelou ontem que há um novo mecanismo que permitirá a Portugal caminhar pelo seu pé, no período pós-troika. Chama-se Mecanismo de Acompanhamento Reforçado e tem uma sigla sugestiva: MAR. “É uma visão atlântica e doce de programa cautelar”, diz o professor.

O MAR vai proteger a economia portuguesa, segundo Marcelo Rebelo de Sousa, que explicou este plano que está a ser discutido nos corredores, numa altura em que Portugal se prepara para terminar o acordo com a troika, em maio próximo.

Este mecanismo permitirá a Portugal sair de forma limpa do programa de ajustamento, contando com o apoio dos parceiros internacionais, numa altura que se prevê difícil.

“Começa a haver nos setores económicos uma palavra que eu ouvi três ou quatro vezes, dita baixinho, que se chama MAR. Quer dizer “Mecanismo de Acompanhamento Reforçado”. É a tal saída limpa, mas controlada e supervisionada”, referiu o antigo presidente do PSD, no seu comentário político semanal na TVI.

Assim, de acordo com o professor Marcelo Rebelo de Sousa, a troika vai regressar a Portugal periodicamente, “de três em três meses”, fazendo jus a este “acompanhamento reforçado”. Ou seja, trata-se de uma saída que chega “além do que seria uma saída limpa e pura” e que permitirá a Portugal “recorrer ao crédito”, se o país estiver “aflito”.

Ainda de acordo com Marcelo Rebelo de Sousa, o Presidente da República terá a missão de chamar os principais partidos – os da coligação governativa e o principal partido da oposição, o PS, que também assinou o memorando – para que cheguem a um acordo para o pós-troika.

Cavaco Silva deve chamar os líderes dos três partidos (PSD, PS e CDS) após as eleições europeias, numa altura em que a luta política acalma.

Para Marcelo, o MAR vai permitir maior segurança no financiamento do país, protegendo-o dos riscos de colapso que enfrentaria, caso tivesse de caminhar pelo próprio pé.

Em destaque

Subir