Nas Notícias

Madeira: Miguel de Sousa posiciona-se para “novo ciclo” após a saída do presidente João Jardim

miguel de sousaMiguel de Sousa, vice-presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, quer presidir ao governo regional. Após 40 anos na ‘sombra’ de Alberto João Jardim, pretende “um novo ciclo”. “Tenho condições para criar uma dinâmica que tire a Madeira das dificuldades”, assume, em entrevista ao I.

Miguel de Sousa vai ser candidato à liderança do PSD-Madeira, em janeiro de 2015, para de seguida poder ocupar a cadeira de Alberto João Jardim à frente do governo regional. Numa entrevista ao I, o político assume que só avança após o atual líder madeirense sair, o que acontecerá no início de 2015.

“Pela minha formação de gestor e experiência política, acho que tenho condições para liderar o governo. Gostava muito de ser presidente do governo regional. Tenho condições para criar uma dinâmica que tire a Madeira das dificuldades e pô-la num rumo de algum conforto. Parece que para isso é preciso primeiro ser líder do PSD. Se assim for, a seguir às autárquicas tomarei uma decisão imediata”, afirmou Miguel de Sousa.

Após quatro décadas na ‘sombra’ de João Jardim, o atual vice-presidente da Assembleia Legislativa da Madeira assume estar pronto para o duelo com Miguel Albuquerque, o último a desafiar Jardim na liderança do PSD madeirense. “Percebeu-se que quase metade dos eleitores do PSD pretenderam substituir o dr. Alberto João Jardim pelo outro candidato. Mas não conseguiram”, comentou.

Assumindo-se como “o melhor aluno” de Jardim, “uma pessoa que entendo bem”, Miguel de Sousa recusa uma política de “continuidade”, argumentando que as condições mudaram: “o congresso regional está marcado para janeiro de 2015, há-de haver um novo líder e esse líder há-de começar um novo ciclo. Não se pode apostar na continuidade, não porque o que há esteja errado, mas porque a realidade é outra”.

Nesse “novo ciclo”, uma das missões será libertar a região da “autonomia fictícia”, pois “a Madeira é uma colónia com liberdade de expressão. Podemos dizer o que queremos, mas só podemos fazer o que Lisboa nos deixa. Estamos num paradoxo difícil de entender, porque a Constituição atribuiu autonomia às regiões autónomas, mas ela é, neste momento, fictícia”.

Na mesma entrevista ao I, Miguel de Sousa assegura que acompanha a situação política no território continental, afiançando que “o PSD será sempre uma boa solução para ter apoio dos portugueses a uma liderança do governo”. “Quer agora, quer no próximo futuro. O PS é que não tem porque está partido”, atacou.

“Portugal não sai da crise, Portugal está em crise pelo menos desde o 25 de Abril. Fez-se uma revolução pela democracia e pela liberdade, criou-se a expectativa de que isso seria suficiente para fazer um país moderno e evoluído, mas Portugal ainda não conseguiu encontrar o sistema que possibilite governar-se”, concluiu.

Em destaque

Subir