A revelação foi feita por Francisco Louçã, no programa Fórum TSF. Num encontro com o primo Vítor Gaspar, no aniversário de um tio, o coordenador do Bloco de Esquerda recomendou a Gaspar para que, caso fosse convidado, não se “meter na alhada monumental” de ser ministro das Finanças.
Era conhecido o laço de parentesco entre Francisco Louçã e Vítor Gaspar. Os primos encontraram-se num aniversário de um tio em comum, pouco antes de se saber que Passos Coelho escolheria Gaspar para ministro das Finanças. Nesse encontro, Louçã deu um conselho ao primo.
“Recomendei-lhe, se fosse convidado para ministro, que não se metesse nessa alhada monumental. E agora é Portugal que está numa alhada monumental”, contou Francisco Louçã, nesta segunda-feira, na TSF, relatando um dos raros encontros com o primo.
“Nos últimos 20 anos, nunca me tinha cruzado com ele, exceto uma semana antes de ele ser escolhido para o Governo”, recorda Francisco Louçã. “Encontrámo-nos no aniversário de um tio e falámos sobre isso”, lembra.
Certo é que Vítor Gaspar não seguiu o conselho do primo e acabou por aceitar o convite de Pedro Passos Coelho, tornando-se ministro das Finanças do Governo.
Esta revelação foi feita uma semana depois de Francisco Louçã ter colocado um ponto final na carreira de deputado. “É o momento de uma renovação que fará um Bloco de Esquerda mais forte”, justificara Louçã, que prometeu uma “uma luta sem tréguas pela justiça social”, fora do círculo parlamentar. leia mais.
Hoje, nesta conversa na TSF, onde fez uma viagem ao seu passado de 13 anos de luta parlamentar, abordou os cinco chefes de Governo contra os quais combateu. Disse que António Guterres era o primeiro-ministro melhor preparado. Já José Sócrates foi o mais “combativo” e Passos Coelho “o mais perigoso”.
