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Le Pen saúda suicídio de ensaísta na Notre Dame e espera que o gesto “acorde” franceses

dominique vennerEm protesto contra o casamento homossexual, Dominique Venner, ativista e historiador francês, suicidou-se, no altar da catedral Notre Dame, localizada em Paris. Marine Le Pen, líder da extrema-direita em França, saudou o gesto e manifestou “respeito” por um ato que “tenta despertar as pessoas”.

Ensaísta, historiador e ativista francês, Dominique Venner decidiu pôr termo à vida, aos 78 anos de idade, como modo de protesto contra o casamento homossexual. Em reação, a líder da extrema-direita, Marine Le Pen, saúda o gesto do ativista.

“Todo o respeito ao Dominique Venner, cujo ato derradeiro, eminentemente político, foi tentar despertar as pessoas em França”, escreveu, no Twitter nesta quarta-feira, um dia depois da morte do ensaísta.

Venner disparou um tiro na boca, no altar da catedral Notre Dame, situada na cidade-luz, em França. Ao seu lado, foi encontrada uma carta, cujo conteúdo não foi divulgado. A missiva está na posse das autoridades que investigam a morte.

Certo é que era conhecida a oposição do ensaísta e historiador relativamente ao casamento gay. Horas antes do suicídio, Dominique Venner fez saber que não concordava com a aprovação, por parte do Parlamento francês, da lei que torna possível aquela união entre homossexuais.

A questão que dividiu a França – promessa de François Hollande na sua campanha eleitoral – avançou e, no seu blogue, o ensaísta teceu duras críticas contra a medida. A sua visão de extrema-direita também levava Venner a manifestar-se contra os imigrantes, que queria ver expulsos do país. Como historiador, publicou diversos trabalhos onde mostrou os ideais extremistas que defendia.

A catedral Notre Dame foi o palco escolhido para a sua morte. Trata-se de um dos monumentos mais visitados de França e um dos ícones parisienses. O suicídio de Dominique Venner implicou a evacuação do espaço, que continua encerrado ao público.

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