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Khadafi diz que a “propaganda intoxicou Portugal”

Líder líbio, Muammar Khadafi, considera que “Portugal também foi vítima de uma propaganda muito intensa”, que tem transformado “países amigos em grandes desilusões”. Cada vez mais cercado, Khadafi, em entrevista a Paulo Dentinho, da RTP, ameaça com “guerra” contra quem ameaçar a sua autoridade.

Muammar Khadafi revelou uma aparente tranquilidade, na entrevista que concedeu ao enviado especial da estação pública portuguesa, mas apresentou um discurso agressivo, contra os países que apertam o cerco à Líbia e contra as resoluções impostas pelas Nações Unidas.

“O Conselho de Segurança não tem direito de interferir nos assuntos internos de qualquer Estado, não tem qualquer mandato e não reconhecemos as suas decisões ou resoluções”, defendeu.

A tranquilidade na imagem contrastou com as ameaças bem patentes nas suas palavras. Khadafi assegura que não vai tremer perante uma ofensiva da União Europeia, ou resoluções que restrinjam a ação do seu regime.

Confrontado com a proposta francesa, de fazer um bombardeamento cirúrgico em alvos Líbios, Khadafi defende que essa ação seria uma “colonização flagrante, sem justificação” e que “teria graves repercussões na Europa e no Mediterrâneo”. Diz o líder líbio que o “Mediterrâneo ficará destruído”.

“Estávamos em paz e agora querem guerra. É um disparate. Se o mundo agir como um louco, nós faremos o mesmo. Vamos ripostar. Nunca terão paz. Se quiserem atacar-nos, partiremos para a luta”, disse, defendendo que o povo está do seu lado: “E quem não está e depuser as armas será perdoado”. Khadafi diz-se ainda disposto a conversar com os terroristas da Al Qaeda.

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