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José Manuel Freitas diz que hacker “é um herói”

O jornalista e comentador da CMTV teceu uma consideração polémica, nesta quarta-feira, apelidando o hacker de “herói”, se os crimes que o pirata informático cometeu servirem para “expurgar do futebol português uma série de salafrários”. A nação benfiquista não gostou. Nem Paulo Futre.

No programa Liga D’Ouro desta quinta-feira, na CMTV, esteve em discussão a descoberta da identidade do hacker que roubou informação a Benfica, Sporting, FC Porto e Doyen.

E o debate ficou marcado por uma afirmação do jornalista José Manuel Freitas, que se envolveu numa disputa de ideias com Paulo Futre.

“Não vejo aqui nenhuma manifestação clubística da parte de quem roubou. Colocou a leilão uma série de documentos que vasculham completamente a vida, neste caso, de um clube. Depois, colocou a leilão e procurou saber se há alguém interessado”, enquadrou o jornalista.

Paulo Futre entrou na conversa apelidou o hacker de “génio do mal”.

O jornalista riu. Discordou do ex-futebolista, até que Futre argumenta que o hacker “fez mal ao futebol português”, ao tornar públicos documentos confidenciais – entre os quais o contrato de Jorge Jesus.

José Manuel Freitas indigna-se.

“O quê?”, questiona, levando o antigo avançado a discriminar o número de clubes e entidades prejudicadas pelo pirata informático.

“Contrariamente ao que o Paulo estava a dizer, eu não acho que ele tenha feito mal nenhum ao futebol português. Bem pelo contrário”, sustentou Freitas.

“Uma coisa é o facto de ter roubado os emails. Outra coisa é o conteúdo dos emails. Portanto, não fez mal nenhum ao futebol português”, reiterou.

“Fez mal ao futebol português!? Não!”.

Futre lembra os crimes cometidos: “Chantagem, extorsão, roubo de correspondência…”

“Se aquilo que o homem roubou servir para expurgar do futebol português uma série de salafrários, meu rico hacker! Meu rico hacker!”, exclamou o jornalista e comentador, defendendo que os crimes praticados são “peanuts”.

“Neste aspeto, é um herói”, concluiu, afirmação que ganhou eco nas redes sociais, em espaços associados ao universo benfiquista.

Trata-se de uma qualificação controversa, uma vez que estão em causa crimes com uma moldura penal grave e alegadamente cometidos de forma reiterada, para obter benefício de modo ilegítimo.

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