João Ricardo: Ator, palhaço, encenador, amigo das crianças e humanitário
João Ricardo, que faleceu hoje, tornou-se conhecido como ator, mas era muito mais do que ‘uma cara das novelas’. Começou como palhaço, tornou-se encenador, trabalhou com crianças e fez trabalho humanitário.
Aos 57 anos, João Ricardo era bem conhecido do público português pela presença nas novelas, mas também fez cinema. Começou em 2003, com Luís Filipe Rocha, em ‘A Passagem da Noite’, e seguiu-se ‘A Costa dos Murmúrios’ (2004), ‘Corrupção’ (2007), ‘A Corte do Norte’ (2008) e ‘Filme do Desassossego’ (2010).
A estreia na interpretação deu-se, porém, como palhaço. João Ricardo foi dos primeiros alunos da escola do Chapitô, no início dos anos 1980.
Foi como palhaço que integrou várias missões humanitárias, em especial na Guatemala.
No teatro, subiu ao palco pela primeira vez em palco em 1990, chamado pelo A Barraca a substituir um ator na peça ‘O Baile’.
Para além de trabalhar no teatro infantil, lançou também um livro para crianças, em 2013: ‘Queres Namorar Comigo?’.
Mas foi a televisão que o tornou conhecido – e querido – do público português. Participou em novelas e séries como Todo o Tempo do Mundo, Coração Malandro, Mundo Meu ,Tempo de Viver, Deixa-me Amar, Morangos com Açúcar e Equador (todas da TVI), Cruzamentos, Bocage e Voo Directo (RTP), Podia Acabar o Mundo, Perfeito Coração, Laços de Sangue, Rosa Fogo, Dancin’ Days, Sol de Inverno, Mar Salgado ou Coração d’Ouro (SIC).
Nesta estação, participou ainda em outros formatos de entretenimento, como Splash! e Toca a Mexer.
Foi também encenador, levando a palco peças de William Shakespeare, entre outras, e director artístico, tendo orientado o Teatro de Carnide.
Nascido a 27 de Maio de 1964, João Ricardo ficou a saber que tinha um cancro no cérebro em 2016. Foi operado, em outubro, tendo de deixar o elenco da novela Rainha das Flores.
Já este ano, em julho, participava na novela Espelho d’Água quando teve de abandonar, face a um agravamento do estado de sa+ude.
Hoje, João Ricardo fora internado no Hospital de Santa Maria, em Lisboa. O tumor cerebral foi fatal.
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