Economia

João Jalles: reformas sugeridas pela OCDE são “cruciais e críticas” para Portugal no longo prazo

dinheiroO economista na OCDE responsável por Portugal, João Jalles, defende que a conjuntura de crise não pode impedir que o país realize as “reformas essenciais e inadiáveis”, pois são medidas “cruciais e críticas para relançar o crescimento a médio e longo prazo”.

Portugal necessita de reformas estruturais, “essenciais e inadiáveis”, para que a economia consiga crescer “a médio e longo prazo”. A receita é da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e foi hoje explicada pelo economista responsável pelo acompanhamento da situação em Portugal, João Tovar Jalles.

“O que a OCDE tem vindo a defender e que não depende tanto da conjuntura são reformas essenciais e inadiáveis, mas claro que a conjuntura poderá não ajudar. Estas são cruciais e críticas para relançar o crescimento a médio e longo prazo”, explicou o economista, numa entrevista à Lusa.

Se é verdade que a conjuntura “poderá não ajudar”, João Jalles realça que também não poderá ser um obstáculo. Entre outras, as reformas nos mercados de trabalho, de habitação e de produtos são encaradas, pela OCDE, “como independentes da situação financeira e orçamental”, pelo que a crise não poderá servir de desculpa para que nada se faça.

João Tovar Jalles acrescentou que a reforma do mercado do trabalho, apesar de por ser vista como negativa pelos trabalhadores (como no caso da redução das compensações por rescisão do contrato de trabalho), terá o lado positivo de criar uma maior flexibilidade laboral, promovendo a contratação, no entender do economista da OCDE.

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