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#Jesuischarlie: Internet condena o ataque ao jornal francês

jesuischarlie Com três palavras apenas se escreve o repúdio contra o ataque feito hoje ao jornal satírico Charlie Hebdo, em Paris: Je suis Charlie. O mote, transformado na hashtag #Jesuischarlie, é um testemunho da solidariedade dos internautas para com os 12 mortos no ataque ao jornal francês.

Quem usa uma rede social, como o Facebook e o Twitter, já deve ter reparado que alguns amigos mudaram as fotos de identificação, mostrando uma imagem com apenas três palavras: Je suis Charlie, a expressão francesa para ‘eu sou Charlie’.

A expressão remete para o nome do Charlie Hebdo, o jornal satírico que hoje foi palco de um atentado, em Paris (França), por alegados extremistas islâmicos e que provocou 12 mortos.

Muitos anónimos têm comentado o incidente com a hashtag #Jesuischarlie, mostrando-se solidários para com as vítimas do atentado contra o jornal francês.

Mas não são só os internautas anónimos a darem dimensão à causa: instituições como a embaixada dos EUA em Paris e sites como o LibyaLiberty abdicaram temporariamente das imagens institucionais para se fazerem representar por uma imagem da campanha.

Várias personalidades também têm feito o mesmo, como é o caso de Guy Verhofstadt, que preside à Aliança dos Liberais e Democratas pela Europa, um grupo que reúne vários partidos com assento no Parlamento Europeu.

A campanha #Jesuischarlie tem-se tornado viral e já ajudou a partilhar as imagens do ataque ao jornal em Paris, captadas por um videoamador.

Um histórico de polémicas

O atentado contra o Charlie Hebdo provocou 12 mortos, na manhã desta quarta-feira. Dois homens armados entraram na redação, espalharam a morte e colocaram França em alerta máximo contra terrorismo.

Os terroristas utilizaram um comercial ligeiro preto, segundo o que é possível perceber, pelas imagens da SKY News. A atuação é feita de acordo com treino militar, recorrendo a armas de guerra.

Em 2011, as instalações do periódico francês foram incendiadas, após a publicação de um número intitulado ‘Charia [lei islâmica] Hebdo’. Na capa desse número, surge uma caricatura do profeta Maomé, como diretor do jornal.

Mais tarde, o Charlie Hebdo voltou à carga, caricaturando Maomé, de novo.

Charb, cartonista e diretor do jornal, pediu a Jean-Marc Ayrault, então primeiro-ministro francês, para que apoiasse a liberdade de imprensa, “em vez de estar impressionado com um grupo de palhaços ridículos que se manifestam à frente da embaixada dos Estados Unidos”.

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